Yoga é a contenção dos movimentos na consciência.
Então, disse que Patañjali oferece os instrumentos para alcançar algo que já era antes conhecido e buscado. E o que era buscado, segundo Patañjali?
A resposta contida no sūtra I.2 é: yogaḥ cittavṛtti nirodhaḥ, a busca é pela contenção de flutuações na consciência.
É a arte de estudar o comportamento da consciência, a qual possui três funções: cognição, volição e ação. O yoga mostra formas de entender o funcionamento da mente e auxilia a serenar os seus movimentos, conduzindo em direção a um imperturbável estado de silêncio que habita na própria sede da consciência. Yoga é, portanto, a arte e a ciência da disciplina mental, por meio da qual a mente se torna cultivada e madura.
Esse sūtra contém a própria definição de yoga: o controle ou contenção dos movimentos da mente, conduzindo à completa cessação das flutuações na consciência.
Então, como fazer isso?
Yoga se refere a se posicionar por trás da mente e involuir a percepção consciente para sua própria fonte, para o si-mesmo. O Yoga Sūtras é extremado e ascético; tem a ver com abdicar de todo desejo por prazer material, o que significa viver uma vida de reclusão. A tradição Vedānta sustenta que a felicidade que procuramos nos prazeres materiais é uma fração da felicidade que será encontrada quando revelarmos o si-mesmo, a fonte da beatitude. Desse modo, yoga não está nos pedindo para abdicar da felicidade material sem recompensa.
O que podemos fazer, como pessoas que não vão se retirar para viver uma vida ascética, ou alcançar os estados elevados de samādhi descritos nos sūtras e, não obstante, alcançar benefícios secundários da prática de meditação?
Assista ao próximo vídeo.
Namaskar.
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