Medo é uma sensação normal diante do desconhecido, que deperta em nós a reação de fugir ou atacar diante daquilo que nos representa uma ameaça real ou imaginada.
Pra nós, médiuns, a fuga quase sempre é inviável, pois pra onde quer que a gente vá, nossa mediunidade estará lá conosco e, com ela, nossa faculdade natural de acessar e sermos acessados pelo invisível, queiramos ou não.
A outra opção que nos resta é "atacar", o que aqui significa nos prepararmos para o inevitável - conhecer o "inimigo" pra saber lidar com ele da maneira mais tranquila possível.
Espíritos, porém - e em regra -, não são nossos inimigos. Não são demônios, anjos nem "coisas-da-nossa-cabeça". Eles são, tão somente, as "almas dos homens que viveram na Terra", como dizia Allan Kardec.
Logo, espíritos são gente como a gente, mas com um corpo físico a menos, conservando sentimentos conforme a maturidade consciencial de cada um.
Muitos até sentem fome, sede, dores e até medo, como a gente, conforme o estado de maior afinidade com a matéria.
Saber discernir os espíritos e as intenções daqueles que se aproximam de nós nos empodera, nos proporcionando maior lucidez, equilíbrio, saúde mental e até alegria de viver, na medida em que mobilizamos nossas faculdades inatas para o bem de quem precisa e até para o nosso próprio autoconhecimento e sentido de propósito na vida.
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